
O sistema educacional japonês reflete a cultura do país, e a adaptação pode ser difícil, mesmo para os mais velhos e que vão para concluir graduação ou pós-graduação. Se você vai ao Japão com filhos em idade escolar, informe-se sobre o sistema de educação para facilitar a integração deles. Abaixo, as principais informações.
- Carga horária é de 5 dias na semana
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No sistema de ensino japonês, a carga horária é de 5 dias. O calendário escolar é dividido em 3 períodos, masalgumas escolas adotam calendário semelhante ao brasileiro, com 2 períodos. O ano letivo começa em 1º de abril.
- Maioria dos alunos frequenta escola pública
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No Japão, quase não há analfabetos. O índice é inferior a 1%. Mesmo com escolas privadas, a maioria dos alunos frequenta colégios públicos no ensino fundamental - 90% dos estudantes primários e 70% dos secundários. Apesar de o ensino médio kookoo não ser obrigatório, em torno de 96% das crianças que concluem a segunda etapa do fundamental chugakko passam para esse nível. Dentre elas, 38% vão para o superior.
- Pré-escola não é obrigatória, e só pais que trabalham têm direito à creche
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Assim como no Brasil, o ensino pré-escolar não é obrigatório. Se você quiser matricular os filhos na pré-escola, há 2 opções: jardim de infância yochien ou creche hoikuen. Há instituições públicas de ensino pré-escolar, mas a maioria é privada (60%). Só podem inscrever os filhos nas creches os pais que trabalham mais de 5 horas por dia.
- O ensino fundamental é obrigatório
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As crianças são obrigadas a completar o ensino fundamental, que dura 9 anos e se divide em 2 etapas: shogakko e chugakko. Essa lei não é estendida aos estrangeiros, mas isso não impede que eles se inscrevam no sistema educacional japonês.
Shogakko
A primeira etapa dura 6 anos e corresponde da 1.ª à 6.ª série, é chamada de shogakko, ou ensino elementar. As classes contam com até 40 alunos.
Chugakko
A segunda etapa dura 3 anos e é chamada de chugakko – ou colegial júnior. As classes têm 30 alunos.
- Principais diferenças entre o currículo oriental e brasileiro
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Fora a língua japonesa, há aulas de educação doméstica, cotidiano (mistura ciências e estudos sociais) e moralidade (importância das outras pessoas). Também há atividades extracurriculares, em que as crianças aprendem a pensar e dar opiniões, tomando decisões próprias e resolvendo seus problemas.
- Ensino médio (Kookoo) é opcional e dura 3 anos
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O ensino médio, denominado kookoodura, dura 3 anos. Para cursar, o estudante presta exame semelhante ao vestibular. Mas alguns colégios têm cursos unificados de chugakko e kookoo. Os estrangeiros que não concluíram o estudo fundamental no Japão podem fazer o exame e ainda têm acesso às instituições com vagas específicas. Os decasséguis que querem ingressar nas instituições públicas precisam da aprovação do diretor de cada escola, que avalia seu nível de estudo.
- Ensino superior em duas versões: 2 ou 4 anos
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O jovem opta pelo curso de curta duração (2 anos), chamado de tanki daigaku, ou o curso universitário – de 4 anos. Em torno de 88% das faculdades de curta duração e 75% das universidades japonesas são privadas. As 2 formações estão disponíveis para os estrangeiros.
- Para fazer matrícula escolar, registre a família na prefeitura
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Ao chegar no Japão, a primeira atitude para assegurar a matrícula dos filhos na escola é registrar a família na prefeitura como estrangeira. Depois, é só entrar com pedido de matrícula no ensino público.
Os estudantes que entram no 1o ano do ensino fundamental (shogakko) preenchem o Guia Informativo sobre Ingresso Escolar. A permissão para Ingresso Escolar de Estudantes Estrangeiros, com nome e localização do estabelecimento indicado para a criança, será enviada para sua casa ou entregue na repartição da prefeitura.
Para matricular o filho em uma escola japonesa, leve certidão de nascimento do menor, carteira de vacinação, boletim e histórico escolar. Serão aceitos papéis traduzidos em japonês por um tradutor juramentado.
No primeiro dia de aula, o responsável pela criança informará o professor sobre a vida escolar dela e uso do idioma japonês. Entre os dados pessoais, estado de saúde e costumes alimentares, também é preciso informar: local de residência, telefone do intérprete e meio de transporte que ele usará para ir e voltar da escola.
O Ministério da Educação (MEC) do Brasil oferece uma lista de escolas brasileiras no Japão, assim como dos cursos supletivos: Confira.